A extinção do homem (reeditado)

Publicado 28/02/2020 por romacof
Categorias: Órfã

As gerações se sucedem a cada trinta anos. Nasci em 1950. Em média meus filhos são da geração 1980 e meus netos, em média, da 2010. Seguindo esse raciocínio, meus bisnetos serão da geração 2040 e só vou conhecer algum deles se conseguir ser especialmente longevo, ou se a primeira filha de minha primeira filha resolver encurtar essa média.

Todos os indicativos e tendências atuais apontam para uma possibilidade interessante! A geração dos meus bisnetos, a de 2040, possivelmente será a última geração totalmente sapiens sobre o planeta! Com isso não estou afirmando que receberemos emigrantes vindos do espaço. Não creio nesse evento, também interessante e até possível, mas de uma probabilidade extremamente pequena, embora ficcionistas alimentem toda espécie de mito refutando a minha descrença e eu, secretamente, torça para que eles estejam certos. Além do mais não disponho dos atributos para profetizar uma data para a descida da nave dos extraterrestres! Quando afirmo que a geração de 2040 será a última em que apenas exemplares da espécie Homo sapiens representarão a cereja do bolo da criação sobre a superfície do planeta Terra estou me referindo à observação de coisas reais que estão acontecendo. É só voltar os olhos na mesma direção e você concluirá que, afinal, essa afirmação não é tão descabida quanto parece.

A manipulação genética é um fato. Para o bem ou para o mal iremos usar essa capacidade em nossa própria espécie antes da metade desse século (se isso já não aconteceu!). Essa é a tendência e é inevitável!  Inevitável por que temos a capacidade, a curiosidade e a vontade. Apenas esses três fatores transformaram primatas africanos em astronautas em 250 mil anos, a escrita mesopotâmica na comunicação virtual em 5 mil anos e o primeiro canhão na bomba atômica em 600 anos. Pelo visto aprendemos rápido! E não nos preocupamos muito com as consequências.  O quarto fator que determina a abertura de todas as comportas sempre foi a necessidade. Nós necessitávamos descobrir e conquistar. Saímos da África e vasculhamos o planeta todo. Levou milhares de anos, mas um dia ele acabou e então alguém apontou o dedo para o céu e resolveu que faltava aquela ilha lá em cima. Aprendemos a anotar, calcular, comercializar e quando necessitamos de mais espaço, mais rapidez, mais controle, mais lucro, mais produtividade, mais pesquisa, mais conhecimento, transformamos os métodos e eles evoluíram para o computador e para a internet e há quem afirme que não vamos parar antes de esbarrar na inteligência artificial. E as necessidades na guerra justificaram a espetacular rapidez nas ações. Em 40 anos a teoria da relatividade de Einstein se transformou na destruição de Hiroshima e Nagasaki. Não somos apenas rápidos. Somos perigosos.

Se algo ainda freia o movimento em direção à aberta manipulação genética humana é o volume da argumentação que defende os questionamentos éticos; o que, para o bem da verdade, não funciona na mesma medida nas variadas culturas espalhadas pelo planeta!

As necessidades se justificam pelo próprio conhecimento em si, pelo interesse da indústria farmacêutica, pelo aumento da força e da resistência, pelas necessidades de adaptação espacial, climática, funcional, militar, pelo propagado aumento médio da capacidade física e mental do seu filho, pela luta contra as doenças e contra a morte, e por aí vai.

Em 2100, quando andarem por aqui os bisnetos dos meus netos, esse parágrafo acima já será uma realidade! Algumas insinuações contidas nele podem ter lhe causado arrepios, mas outras você até viu com bons olhos! Pouco importa se Aquela Superpotência cria soldados geneticamente modificados, fortes como touros e com cérebros de nabo. A mesma tecnologia permite que meu filhinho querido possa ser saudável e inteligente, além dos melhores sonhos de todos os papais e mamães.

Isso tem um lado ruim, mas também tem um lado bom!

O lado ruim é óbvio. Se princípios comerciais puderem ditar as normas de uma engenharia genética voltada para as necessidades corporativistas seriam abertas as portas para as mais grotescas aberrações, que deixariam a visão de Aldous Huxley, em Admirável Mundo Novo, no chinelo. Por outro lado, o auto rotulado Homo sapiens, descolado da cultura que ciou, dá sinais de ter chegado, biológica ou moralmente, a um beco evolutivo! Nos últimos 40 mil anos fez coisas incríveis, mas não evoluiu na mesma proporção que as coisas que ele próprio criou. Retire da espécie suas conquistas tecnológicas e solte os seres humanos num lugar de recursos escassos e eles regredirão para uma nova idade média em um dia. É claro que podem se valer da tradição oral e reaprender parte do que sabiam, apresentando, em talvez 4 ou 5 gerações, outra configuração histórica…

Mesmo afirmando que a cultura humana é a parte exteriorizada de sua própria evolução, não é possível negar o fato de que no momento em que os homens fossem largados às próprias custas e nas primeiras décadas de luta num ambiente hostil, se mostrariam como animais, inteligentes e imprevisíveis, agressivos e potencialmente assassinos, inevitavelmente ladrões, e estupradores sempre que possível. Evolutivamente pouco diferentes dos primeiros exemplares de 40 mil anos, ou talvez até mais bárbaros, contrariados pelo injusto revés….

Nossa tecnologia deu saltos assombrosos, mas nós não evoluímos. Está certo que não houve tempo para isso, afinal, uma espécie se contorce por milhões de anos para apresentar um resultado satisfatório e adaptado ao seu habitat. Nós apreendemos a adaptar os habitats, ocasionalmente destruindo-os no processo, mas nunca vamos nos adaptar a nenhum deles. E, em nosso atual estágio biológico, podemos repetir essa experiência, frustrantemente, incontáveis vezes…

E por essa que me atrevo a dizer que a revolução genética que bate a nossa porta pode ter um lado bom. Somos experts em mudar as coisas sem medir as consequências! Talvez tenha chegado a hora da mudança final! Vamos mudar a nós mesmos. Se no corpo atual nossa evolução emperrou, quem sabe possamos criar uma combinação genética, ou um habitat genético, mais favorável? E a ética? Alguém gritou lá nos fundos. Ética! Parece que esse era o nome da pedra que caiu na cabeça dos dinossauros há 65 milhões de anos…

Seguindo a história dos bisnetos dos meus netos vou brincar de profeta da manipulação genética, já que dos aliens não sou, e inventar uma pequena ficção em cima do tema.

Em 2200 apenas a espécie, digamos, Neo-Homo (já que tudo precisa ter um nome!), estará fisicamente capacitada a participar dos programas de exploração espacial. Antes de 2400 a presença do Neo-Homo na vida política e econômica do planeta já terá uma massa crítica determinante. Haverá movimentos e revoltas contra o aparente segregacionismo aos humanos inferiores. Rígidas leis de eugenia proibirão a miscigenação. Os inferiores terão sua natalidade controlada a um filho por casal. Em 2700 os novos humanos terão transformado o planeta num paraíso habitado por 2 bilhões de novas pessoas e conquistado uma quase imortalidade. Antes do ano 2800 os 100 mil humanos inferiores remanescente são alocados em reservas controladas onde poderão ser visitados e estudados. No ano 2950 (mil anos após o meu nascimento!)  morre o último e deprimido descendente dos Romacof. Na virada do próximo milênio, a elite Neo-Homo, às vésperas de partir para outra galáxia, vive um dilema: deixa os últimos Homo sapiens entregues a própria sorte? Ou, bondosa e preventivamente, promove a extinção programada da espécie, incapacitando-os reprodutivamente, pois, como se sabe, eles são persistentes, vingativos e perigosos…

Mas, pensando bem, quem nos garante que o Neo-Homo será santo e merecedor de herdar o futuro?

Algoritmo!

Publicado 07/11/2018 por romacof
Categorias: Órfã

O algoritmo é qualquer conjunto de regras que, quando executadas seguindo uma sequência determinada, atingem um objetivo, idealmente com o menor esforço possível. Isso tanto tem aplicação eletrônica como mecânica. Por exemplo, uma receita culinária! A forma correta de atingir o objetivo é seguir uma sequência: separar os ingredientes, descascar ou picar ou dissolver, misturar na ordem indicada, levar ao fogo ou à refrigeração, aguardar um período de tempo e obter o resultado. Ou até o prosaico ato de se vestir! Primeiro coloque as meias e depois os sapatos. Primeiro a camisa e depois o casaco. Alguém pode questionar um algoritmo e afirmar que tanto faz colocar primeiro as calças e depois os sapatos, como o contrário, que o resultado será o mesmo, mas a experiência demonstra que o algoritmo inteligente permitirá um resultado mais eficaz e menos cansativo. Já nas aplicações eletrônicas em que, atualmente, estamos imersos, eles são mais sutis, e você, nem sempre, percebe que está usando um algoritmo, ou está sendo usado por ele!

Veja o Google. Terminou o seu perfume e você faz uma pesquisa sobre os melhores preços para o Black Soul da Ted Lapidus. No dia seguinte, feicebucando ao léu, as embalagens do perfume teimam em saltar à direita, como itens patrocinados. Experimente fazer uma pesquisa. Por exemplo: cracatoa. Você escreveu errado porque estava procurando por Krakatoa, uma ilha da Indonésia que desapareceu em 1883 numa erupção vulcânica, e, apareceram, depois de escrever toda a palavra, em um quarto de segundo, 21.400 resultados falando tanto de Krakatoa, a tal ilha, como de cacatua um papagaio branco, como se essa tivesse sido (talvez? ou quem sabe?) sua primeira intenção na pesquisa, numa similitude fonética e engolindo os erres. Na segunda vez não é necessário escrever toda a palavra, pois, clicando na letra c, cracatoa saltará, como se um algoritmo permitisse ao Google ler o seu pensamento!

Há interações mais complexas, que fazem pensar num intrincado processo de comunicação entre os meios utilizados. Mande um WhatsApp para o fabricante de vigotas pré-moldadas, com quem você está negociando.  No dia seguinte ele aparece como uma sugestão de amizade no Face book.  E assim são todos os processos que determinam as opções de relacionamentos, tanto afetivos, como íntimos, como comerciais ou profissionais, como de interesses, os mais variados. Você pensa que escolhe, mas, na verdade, um algoritmo escolhe por você quem é mais parecido com você! Isso acontece (vamos descartar a inocência de acreditar que há uma altruística preocupação com nosso bem estar) para facilitar os interesses comerciais e econômicos mais prováveis. Pessoas parecidas ou envolvidas com coisas parecidas têm maiores probabilidades de manterem uma comunicação produtiva e lucrativa.

E se sairmos do foco comercial e entrarmos no foco político? Tente postar vivas a Bolsonaro Presidente ou fazer discursos de idolatria a Lula para ver quem se aproximará de você! E, de forma inversa, tenha certeza de que você será procurado político e ideologicamente pelos manipuladores de ocasião, conforme o viés apresentado por você em suas postagens. Pois estamos mergulhados em algoritmos utilizados para todos os fins.

E suas certezas? Você está realmente certo de que elas são suas? Seu perfume. Seu sapato. Seu shampoo. Seu candidato. Sua ideologia. Seu restaurante preferido. Seu paladar. Você tem certeza que são seus? Não se esqueça: se você é um ser conectado, sempre haverá um algoritmo vigiando sua vida e lhe dizendo o que é melhor para você.

Meu celular, quando digo “Ok Google” (ou qualquer coisa que termine com “…ei gugal”), fica atento a qualquer pergunta (válida ou idiota) e se transforma num oráculo moderno. Mas há ocasiões… (e isso já aconteceu três vezes, que me lembre!) em que ele estava lá, deitadinho e desligadinho (tanto quanto eu saiba!), e a sacerdotisa do oráculo disse: “…não entendi bem o que você quis dizer…”! Como assim? Ela estava me ouvindo? E pior! Ela estava me vendo?

Gilmar e Zé Dirceu

Publicado 04/05/2017 por romacof
Categorias: Desilusão moral com o país, Leis, Política, Realidade

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Gilmar Mendes manda soltar Zé Dirceu, travestindo qualquer conceito de presunção de inocência, e desdenha Moro e Cia dizendo: “São jovens que não têm experiência institucional!” E é verdade! No momento em que institucionalizamos o crime, a experiência está só com aqueles que tratam intimamente desse assunto a mais tempo. Em seguida Gilmar tirou de sua concha outra pérola: “Creio que hoje o tribunal está dando uma lição ao Brasil. Há pessoas que têm compreensão equivocada do seu papel. Não cabe ao procurador da República pressionar, e não cabe a ninguém pressionar o Supremo Tribunal Federal. É preciso respeitar as linhas básicas do Estado de Direito. Quando nós quebramos isto, nós estamos semeando o viés autoritário, é preciso ter cuidado com esse tipo de prática.” E também é verdade! O Supremo, por definição, está acima de qualquer coisa, inclusive da verdade, da justiça, da ética, e do pasmo nacional frente à sensação de impunidade e de que o conceito de crime ganhou uma elasticidade mórbida.

Matar alguém é crime. Comandar um esquema que desvia bilhões que impediriam que milhares morressem por falta de recursos na saúde e na segurança merece um habeas corpus porque nem o dedo de Deus pode pressionar o Supremo. Minha vó diria que isso é birra!

Gilmar e Eike

Publicado 04/05/2017 por romacof
Categorias: Desilusão moral com o país, Leis, Política, Realidade

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É difícil entender as leis. Eiki Batista, antes o empresário mais rico do país, estava preso por conta da Lava-Jato. Não tente compreender o crime do cara, enquadrado financeiramente e com um volume que justificou o bloqueio de um bilhão e meio de reais, seja lá o que isso signifique. Pois Gilmar Mendes mandou transferir o Eiki para a sua mansão de 20 milhões. Gilmar Mendes é ministro do Supremo Tribunal Federal e casado com a doutora Guiomar Feitosa de Albuquerque Lima Mendes; ele Gil e ela Guio, nas intimidades simplificadas do lar. Guiomar é advogada e trabalha com Sérgio Bermudes, um dos mais conceituados e requisitados advogados do país. O escritório de Sérgio Bermudes cuida de alguns interesses de Eiki Batista, entr’outros o do habeas corpus concedido por Gilmar. Há quem justifique toda essas coincidentes voltas, que não foram suficientes para o impedimento do ministro na soltura do preso, com sutilezas entre objetos de áreas penais e áreas cíveis, dois bichos de espécies alienígenas, como se dois arquivos com assuntos diferentes impedissem que as duas pessoas que os seguram se conhecessem, embora trabalhem juntas, ou durmam juntas. A verdade é que um juiz experiente pode, quase sem querer, tropeçar em incisos de artigos que descrevam caputs com brechas que, data vênia, transmutariam conhecimentos mútuos passados em caludas futuras. Há furos que são muito a propósito!
Nessas horas me vem à mente aquela piada velha do advogado ateu que, no leito de morte, lia sofregamente a bíblia! A freirinha perguntou pra o médico: “Que bonito! Ele se converteu?” E o médico respondeu: “Que nada! Ele está é procurando um furo na lei!”

Seja dono do seu país.

Publicado 23/04/2017 por romacof
Categorias: Política, Realidade

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A política apodreceu! Cheira mal! Alguém não notou? A consciência média dos políticos, o que tomam como moralmente certo ou errado, revela verdadeiros psicopatas. Dessas criaturas, apartadas da humanidade, chafurdando na corrupção, não nascerão soluções para a nossa absurda crise de competência. A atual atividade política está totalmente focada na arte de parir artifícios que perpetuem a imunidade no usufruto do crime. Depois, o conluio dos três poderes, apurando as responsabilidades, se perguntará: o zé-povo  soube “votar-da-forma-correta”? Pois, é sabido, “tudo-isto-que-aí-está” é fruto da “imaturidade-democrática-do-povo-brasileiro”. Se “todo o poder emana do povo”, a culpa só pode ser de quem exerce o poder! E deles! dirão gravatas e togas! Pura matemática! A responsabilidade deles começa no voto e continua na hora de pagar a conta, quando eventuais incompetentes enterrarem o país,

Em 2005, no Referendo do Desarmamento, 64% dos eleitores foram contra a proibição, mas, mesmo assim, o governo nos desarmou. Não os criminosos, apenas os não criminosos. E depois virou as costas para as questões de segurança e se esqueceu do assunto. Mas ainda nos deixou uma arma. O voto.

Você é obrigado por lei a votar. Mas não é obrigado a dar seu aval aos canalhas. Também sabemos que voto nulo não anula eleição. Se apenas o próprio canalha votar em si aquela eleição estará legitimada! Não se escandalize! É a lei! Mas esse eleito terá credibilidade? O atual processo eletivo, a farsa que nos querem fazer engolir, unge um bando de inaptos mal intencionados como imunes e é visto como a fórmula perfeita em nossa fantasia democrática. Precisamos sacudir os fazedores de leis. Nas últimas eleições a soma dos nulos, brancos e abstenções sobrepujou o número de votos dos vencedores nas principais capitais do país. Essa soma representou 26,5% dos votos em 2012 e 32,5% dos votos em 2016. A desilusão e a indignação popular com a classe política cresceram sensivelmente desde então. Todos os partidos estão sujos. Todas as lideranças estão sujas Queremos e merecemos uma reforma na consciência dos políticos e não uma reforma política feita por políticos comprometidos. Podemos e temos o poder de balançar as estruturas em 2018. Se você não é um idiota e não é um cúmplice, diga não aos sociopatas. Seja dono do seu país.

O roubo não para.

Publicado 21/04/2017 por romacof
Categorias: Desilusão moral com o país, Política, Realidade

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Nos trâmites que envolvem TODAS as ações políticas e o dinheiro público, quando não percebemos onde está a mutreta, o rolo, o desvio, o desfalque, o roubo ou o crime, não significa que aquela ação é honesta. Isso só significa que ainda somos incapazes de perceber a corrupção naquele negócio. Só podemos ter certeza de que somos incompetentes para perceber a canalhice naquele momento, mas que ela existe e está lá, sempre, não tenha a menor dúvida.

O destino de ser bife.

Publicado 16/04/2017 por romacof
Categorias: Órfã

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No dia 10 de abril o Cágado Xadrez completou 11 anos! Esquecimento total! Dúvidas se esse esquecimento é um sinal de que necessita ser reinventado,ou se já morreu e está dispensando sepultamento e lembranças! Lástima. Mas já ficou evidente que o tropel da boiada não lastima nada, atropela bezerros fracos e segue confiante focado no próprio abate. O tropel trovejante abafa tanto o choro como os alertas e desdenha qualquer bom senso. Os da frente, peito aberto, são os donos da verdade e os que os seguem acreditam nisso, ou nem se preocupam se sucumbirão em breve. Ser bife pode ser o céu! Talvez morrer seja o único objetivo, afinal!

Gilmar Mendes, o relativizador.

Publicado 11/03/2017 por romacof
Categorias: Desilusão moral com o país, Leis, Política, Realidade

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Gilmar Mendes está relativizando a prática do caixa 2!

Um membro do judiciário, ao abrir a boca pra dizer bobagem, está, em última análise, dourando crimes. A Corporação bate palmas! Talvez o crime compense, afinal! Talvez roubar só seja crime se for exageradamente! Um milhãozinho aqui e outro ali, quem vai reparar? O Senhor Confronto Político dança uma lambada obscena com a Senhora Governabilidade enquanto nós aplaudimos, sem saber se o sexo é entre eles ou em nós.

Tente explicar a seu filho que aquilo que o juiz disse casa com aquilo que você tenha ensinar pra ele!

Fachin, o sorteado.

Publicado 05/02/2017 por romacof
Categorias: Política, Realidade

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Digitei Fachin no Google, para saber quem é esse novo personagem que, seguindo o script da desconcertante história nacional, usará sua rebuscada retórica pra justificar o injustificável. E vejam que surpresa o algoritmo googleano me aprontou com suas sugestões… STF eu sabia! Relator da Lava-Jato é a notícia da hora. Mas MST? Como assim? “Amigo do Lula” e petista?

Mudei para Edson Fachin! (O Google só podia estar falando de outro Fachin!) Mas deu a mesma coisa. O personagem não era tão novo assim!!! Era tão velho quanto a minha inocência…

(Na sequência alguns comentário…)

 Brasil das coincidências. (Carlos Souza)

As pessoas acham idiotice acreditar na teoria da conspiração… Mas, ironicamente, não se sentem idiotas acreditando na teoria da mera coincidência. (Jaime Maggi Fernandes)

Ambas (a da Conspiração e a da Mera Coincidência) são extremos. A teoria é de que os extremos apenas tentam ser definitivos, mas não conseguiriam obter a permanência necessária. Afinal, nada poderia explicar a eterna coincidência e nem a eterna conspiração. Ambas exigiriam uma idiotia universal e permanente e nem todo mundo seria completamente idiota, pelo menos não durante o tempo todo… Ou, pensando bem, talvez a Grande Corporação (minha teoria preferida!) apenas esteja esperneando em seu processo sucessório… Essa sim, a gigante translúcida e inodora, continua trocando de mão, pois não podemos esquecer que numa corrida de revesamento o bastão é o único objeto que corre a corrida toda. (Romacof)

Achas pouco plausível a idiotia ser (quase) universal e permanente? (Arthur Golgo Lucas)

É a fé, Arthur! É a fé! (Romacof)

O fato já era sabido  quando Fachin foi nomeado ao STF. Um escândalo, na época, exatamente pela questão ética, pois não apenas defendeu interesses objetivos do PT como subiu no palanque, nas eleições, em defesa da Dilma. E o “sorteio” na segunda turma não é exatamente aleatório… O sistema calcula o número de processos que cada ministro tem sob sua responsabilidade e ganha quem tiver menos. Quem tinha menos processos e foi para a segunda turma? Não foi casualidade.(Elisa Gomes)

A extinção do Homo sapiens!

Publicado 23/01/2017 por romacof
Categorias: Contos, Lendas, Política, Realidade

As gerações se sucedem a cada trinta anos. Nasci em 1950. Em média meus filhos são da geração 1980 e meus netos, em média, da 2010. Seguindo esse raciocínio, meus bisnetos serão da geração 2040 e só vou conhecer algum deles se conseguir ser especialmente longevo, ou se a primeira filha de minha primeira filha resolver encurtar essa média.

Aqui, todos os indicativos e tendências apontam para uma possibilidade interessante! A geração dos meus bisnetos, a de 2040, possivelmente será a última geração totalmente sapiens sobre o planeta! Com isso não estou afirmando que receberemos emigrantes vindos do espaço. Não creio nesse evento, também interessante e até possível, mas de uma probabilidade extremamente pequena, embora ficcionistas alimentem toda espécie de mito refutando a minha descrença e eu, secretamente, torça para que eles estejam certos. Além do mais não disponho dos atributos para profetizar uma data para a descida da nave dos extraterrestes! Quando afirmo que a geração de 2040 será a última em que apenas exemplares da espécie Homo sapiens representarão a cereja do bolo da criação sobre a superfície do planeta Terra estou me referindo à observação de coisas reais que estão acontecendo. É só voltar os olhos na mesma direção e você concluirá que, afinal, essa afirmação não é tão louca quanto parece.

A manipulação genética é um fato. Para o bem ou para o mal iremos usar essa capacidade em nossa própria espécie antes da metade desse século (se isso já não aconteceu!). Essa é a tendência e é inevitável!  Inevitável por que temos a capacidade, a curiosidade e a vontade. Apenas esses três fatores transformaram primatas africanos em astronautas em 250 mil anos, a escrita mesopotâmica na comunicação virtual em 5 mil anos e o primeiro canhão na bomba atômica em 600 anos. Pelo visto aprendemos rápido! E não nos preocupamos muito com as consequências.  O quarto fator que determina a abertura de todas as comportas sempre foi a necessidade. Nós necessitávamos descobrir e conquistar. Saímos da África e vasculhamos o planeta todo. Levou milhares de anos, mas um dia ele acabou e então alguém apontou o dedo para o céu e resolveu que faltava aquela ilha lá em cima. Aprendemos a anotar, calcular, comercializar e quando necessitamos de mais espaço, mais rapidez, mais controle, mais lucro, mais produtividade, mais pesquisa, mais conhecimento, transformamos os métodos e eles evoluíram para o computador e para a internet e há quem afirme que não vamos parar antes de esbarrar na inteligência artificial. E as necessidades na guerra justificaram a espetacular rapidez nas ações. Em 40 anos a teoria da relatividade de Einstein se transformou na destruição de Hiroshima e Nagasaki. Não somos apenas rápidos. Somos perigosos.

Se algo ainda freia o movimento em direção à aberta manipulação genética humana é a solidez da argumentação refutando os questionamentos éticos; como se isso fosse realmente levado em conta nas mais variadas culturas espalhadas pelo planeta!

As necessidades se justificam pelo próprio conhecimento em si, pelo interesse da indústria farmacêutica, pelo aumento da força e da resistência, pelas necessidades de adaptação espacial, climática, funcional, militar, pelo propagado aumento médio da capacidade física e mental do seu filho, pela luta contra as doenças e contra a morte, e por aí vai.

Em 2100, quando andarem por aqui os bisnetos dos meus netos, esse parágrafo acima já será uma realidade! Algumas insinuações contidas nele podem ter lhe causado arrepios, mas outras você até viu com bons olhos! Pouco importa se Aquela Superpotência cria soldados geneticamente modificados, fortes como touros e com cérebros de nabo. A mesma tecnologia permite que meu filhinho querido possa ser saudável e inteligente, além dos melhores sonhos de todos os papais e mamães.

Isso tem um lado ruim, mas também tem um lado bom!

O lado ruim é óbvio. Se princípios comerciais puderem ditar as normas de uma engenharia genética voltada para as necessidades corporativistas seriam abertas as portas para as mais grotescas aberrações, que deixariam a visão de Aldous Huxley, em admirável Mundo Novo, no chinelo. Por outro lado, que me perdoem os amantes da espécie, me parece que o auto rotulado Homo sapiens sapiens (duplamente sábio!) chegou a um beco evolutivo! Nos últimos 40 mil anos fez coisas incríveis, mas não evoluiu na mesma proporção que as coisas que ele próprio criou. Retire da espécie suas conquistas tecnológicas e solte os seres humanos num lugar de recursos escassos e eles regredirão para uma nova idade média em um dia. É claro que podem se valer da tradição oral e reaprender parte do que sabiam, apresentando em, talvez, 4 ou 5 gerações, outra configuração histórica. Mas no momento em que forem largados às próprias custas e nas primeiras décadas de luta num ambiente hostil terão mostrado que são animais, inteligentes e imprevisíveis, agressivos e potencialmente assassinos, inevitavelmente ladrões, e estupradores sempre que possível. Evolutivamente pouco diferentes dos primeiros exemplares de 40 mil anos, ou talvez até mais bárbaros, contrariados pelo injusto revés.  Nossa tecnologia deu saltos assombrosos, mas nós não evoluímos. Está certo que não houve tempo para isso, afinal, uma espécie se contorce por milhões de anos para apresentar um resultado satisfatório e adaptado ao seu habitat. Nós apreendemos a adaptar os habitats, ocasionalmente destruindo-os no processo, mas nunca vamos nos adaptar a nenhum deles. E podemos repetir essa experiência, frustrantemente, incontáveis vezes…

E por essa que me atrevo a dizer que a revolução genética que bate a nossa porta é uma necessidade. Somos experts em mudar as coisas sem medir as consequências! Talvez tenha chegado a hora da mudança final! Vamos mudar a nós mesmos. Se no corpo atual nossa evolução emperrou, quem sabe possamos criar uma combinação genética, ou um habitat genético, mais favorável? E a ética? Alguém gritou lá nos fundos. Ética! Parece que esse era o nome da pedra que caiu na cabeça dos dinossauros há 65 milhões de anos…

Seguindo a história dos bisnetos dos meus netos vou brincar de profeta da manipulação genética, já que dos aliens não sou, e inventar uma pequena ficção em cima do tema.

Em 2200 apenas a espécie Neo-Homo (já que tudo precisa ter um nome!) estará capacitada a participar dos programas de exploração espacial. Antes de 2400 a presença do Neo-Homo na vida política e econômica do planeta já terá uma massa crítica determinante. Haverá revoltas e movimentos contra o aparente segregacionismo contra os humanos inferiores. Rígidas leis de eugenia proibirão a miscigenação. Os inferiores terão sua natalidade controlada a um filho por casal. Em 2700 os novos humanos terão transformado o planeta num paraíso habitado por 2 bilhões de novas pessoas e conquistado uma quase imortalidade. Antes do ano 2800 os 300 mil humanos inferiores remanescente são alocados em reservas controladas onde poderão ser visitados e estudados. No ano 2950 morre o último e deprimido descendente dos Romacof. Na virada do próximo milênio, a elite Neo-Homo, às vésperas de partir para outra galáxia, vive um dilema: Deixa os últimos Homo sapiens entregues a própria sorte ou, bondosa e preventivamente, promove a extinção da espécie, incapacitando-os reprodutivamente, pois, como se sabe, eles são persistentes, vingativos e perigosos…